Placenta: saiba o que é possível fazer com ela após o parto

Ao redor do mundo, em diferentes culturas, diversas mulheres encontram formas de guardar uma recordação da gestação, através da placenta. Algumas delas decidem usar o órgão como adubo para uma planta, enquanto outras fazem o quadro da “árvore da vida” através de um “carimbo”. Além disso, muitas mulheres decidem ingerir um pedaço em forma de comida ou bebida. Já outras consomem a placenta em cápsulas, fazem tinturas ou produzem remédios naturais. 

Lembrando que não existem regras de certo ou errado do que se fazer com ela. Cada alternativa é uma escolha individual das famílias e deve ser sempre respeitada. O que as torna todas iguais é o laço afetivo que existe entre mãe e bebê. Que é responsável por simbolizar o órgão que nutriu o feto durante toda a gestação. 

Você sabe o que é a placenta?

Antes de falar de todos esses costumes, visto por diversas pessoas como diferente, primeiramente, é necessário entender o que exatamente é a placenta e para que ela serve. 

Conhecida como um órgão que possui uma função vital na gestação, é através dela que ocorrem as trocas entre a mãe e o bebê. Conhecida como “árvore da vida” porque através dela o bebê troca oxigênio e gás carbônico com a mãe, além de receber nutrientes por difusão do sangue materno e expulsa produtos de seu metabolismo. 

Após o nascimento do bebê, a mãe solta a placenta naturalmente, muitas vezes em meio às contrações. Já no parto cesárea, a placenta é retirada pelo médico. Além disso, o cordão umbilical só é cortado após o bebê não precisar mais da placenta, ou seja, assim que ele conseguir respirar sozinho, possuir uma circulação regular e ter os rins em pleno funcionamento. 

Após o parto, na maioria dos hospitais, o órgão vai para descarte. 

O que fazer com ela após o parto?

Um dos jeitos mais comuns de utilizar a placenta após o parto é enterrá-la junto com alguma planta ou usá-la como um carimbo para fazer a “árvore da vida”. Feito com sangue após o parto ou com tinta, com a placenta congelada, a técnica do carimbo acaba gerando lindas obras de arte. 

Por mais que a placentofagia (nome dado ao ato de comer a placenta após o parto) esteja em constante divulgação, ainda mais depois de figuras públicas compartilharem o seu desejo de comer a placenta após o nascimento de seus bebês, essa prática ainda provoca muitas dúvidas na maior parte da população.

Ingerir a placenta após o parto é uma prática super comum entre diversos animais. Com exceção dos humanos, dos mamíferos marinhos e de alguns animais domesticados, todos os outros costumam consumir este órgão após o nascimento dos seus filhotes. Além disso, de acordo com a crença de diversos países, principalmente os orientais, a placenta possui propriedades que são curativas e cheias de nutrientes.   

Muitos acreditam que ao ingerir a placenta a mãe reduz as chances de sofrer depressão pós-parto e melhora consideravelmente a produção de leite. 

Cápsulas e tintas 

Sabemos que muitas famílias praticam o consumo da placenta, por isso, já existem várias empresas no exterior que oferecem o serviço com a opção de encapsular a placenta ou transformá-la em tinturas medicinais. Segundo Laura Curtis, proprietária da PlacentaWise, conhecida como a maior empresa de encapsulamento de placenta em Utah, nos Estados Unidos, consumir a placenta em cápsulas tem um resultado positivo, da mesma forma que diversas outras coisas que as pessoas acabam fazendo pela saúde e que acabaram não sendo estudadas e comprovadas pela ciência. 

Infelizmente aqui no Brasil essa técnica não esta regulamentada, entretanto, você pode encontrar esse tipo de trabalho realizado de uma forma artesanal feito por parteiras, doulas ou casas de parto humanizado. 

Ingerir a placenta faz bem ou mal para a saúde?

É muito importante que você saiba que não existem evidências científicas sobre os benefícios ou malefícios de consumi-la. Além disso, a opinião dos médicos costuma ser muito divergente mundo afora. Muitos deles acreditam que a prática realmente é benéfica, por mais que não tenha nenhuma comprovação científica.

De acordo com a universidade de medicina de Northwestern, em Chicago, nos Estados Unidos, comer a placenta não oferece nenhum benefício à saúde da mulher. Além disso, eles alegam que os relatos positivos são subjetivos e alertam para riscos contra a saúde da mãe. Isso porque, o órgão ser rico em fluxo sanguíneo. 

Além disso, é importante lembrar que cada mulher escolhe a sua própria forma de honrar e agradecer a sua placenta.

E você já sabe o que vai fazer com a sua após o parto? 

Continue acessando o nosso blog para ver muitos outros conteúdos sobre gestação, maternidade e desenvolvimentos dos pequenos.